Semana passada recebi uma ligação do sr Ricardo.
Bom, segundo consta em meu registro de nascimento, o sr Ricardo Luiz é meu pai. Sim,o pai que por quinze anos eu admirei e achava que não existia homem melhor no mundo.
Até ele se endoidecer por uma moça que trabalhava na loja de conveniência do posto aonde ele abastecia o carro e sumir com ela pelo mundo. Ligando só depois de três dias pra dizer que estava em Minas com a tal moça. Ela geraria minha segunda irmã. É, mas quem sou eu pra ficar julgando essa atitude dele... Ele deve ter se sentido como no auge da adolscência, como um menino bobo que sai correndo dos pais em busca de ir contra o mundo pela pessoa 'amada'.
Esse Ricardo que vangloriei por 15 anos, não tem hoje mais o mesmo sentido na minha vida. E na hora em que recebi sua ligação, senti palavras geladas e parecia que no outro lado da linha havia um estranho -ausente por muito tempo- querendo saber o porque de eu estar fumando baseados.
Primeiro que ele foi informado desse papo por terceiros, a conversa então já chegou no seu ouvido completamente distorcida, e ele veio me tomar satisfações como se fosse o meu paizinho, que esteve do meu lado quando eu tive filho, saí de casa, abandonei a escola, fui morar sozinha, fugia dos cobradores de aluguel e afins. É porque é foda quando não se tem um emprego e se tem contas a pagar, filho pra criar... Ele nem sabe que eu passei por essas coisas.
E como era de se esperar, nossa conversa não chegou a resultado nenhum. Telefones desligados, cada um voltou pra sua realidade. Eu e meus baseados e ele e sua vida vazia e distante.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
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