segunda-feira, 16 de maio de 2011



Aquele silêncio permitia que as minhas mais profundas vontades, viessem à tona.
Desejei levantar da cadeira de balanço e deitar de costas no chão, olhando pro céu, parcialmente estrelado. Estranhamente o cinza daquele chão de concreto batido me atraia com certo vigor. Deitei.
Fiquei ali, deitada inerte. Ouvindo o silêncio, a garoa caindo de leve - era possível ver as gotículas vindo em direção ao meu rosto - diversos grilos e sapos numa comunicação ininteligível à distância. Agora uma procissão quebrava o sossego. Casta de senhoras pacatas, entoavam um mantra em devoção a Sta Rita com dezenas de velas em punho. Repentinamente levantei a cabeça, mas sem fitá-las diretamente, mas pude ouvi-las comentando algo sobre o fato de eu estar estirada na calçada. Não dei ouvidos e em seguida essa cena é cortada pela ação de um pai, cansado do trabalho, bate a porta de uma casa. Os filhos vieram no portão recebê-lo, quanto carinho! Voltei então a apoiar a cabeça na calçada. E mesmo ela comprimida aquele chão, duro e denso, pude sentir aquela recepção acalorada, cheia de amor e felicidade.
Ah!! Porém, a vontade de viver, ainda não era o meu objetivo. Porém, alguém chegou próximo a mim e me fez levantar e seguir a vida, afinal. Então esse alguém pegou o papel e o lápis que estavam ao meu lado, e escreveu num tom ainda mais confuso ao que eu encontrava-me, as seguintes palavras: Não sei o que escrever... Sei, não, não sei. E agora?

terça-feira, 10 de maio de 2011

O cenário é da destruição mundial, está exposto a quem ousar olhar para os lados. O tema morte é não só frequente,como um confronto com os problemas afetivos.
Atualmente o que simboliza a vida é o falecimento do certo e o medo torna-se protagonista da conjuntura de alucinações construídas por mentes brilhantes baseadas no terror. As quais são vítimas de uma absurda indagação sobre o que ser; médico ou monstro?
A ponto de não perceber o desnível de personalidade divergentes que aí se vê. São sucursais dependentes de uma forte e simples globalização, altamente capaz de transformar casos isolados de violência numa pré-dissipação da raça humana.
Fatos fixados indelevelmente em nossos corações

segunda-feira, 17 de agosto de 2009


Meio século depois de Superman ter nascido em Nova Iorque, Superbarril anda pelas ruas e telhados da Região Metropolitana de Belém. O prestigioso norte-americano de aço, símbolo universal do poder, vive numa cidade chamada Metrópolis. Superbarrio, um brasileiro qualquer de carne e osso, herói dos pobres, vive num subúrbio chamado Paar. (hehehehe)
Superbarril tem barriga e pernas tortas. Usa máscara vermelha e capa amarela. Não luta contra fantasmas, vampiros ou seres mutantes. Numa ponta da cidade enfrenta a polícia e salva uns mortos de fome de serem despejados; na outra ponta, ao mesmo tempo, encabeça uma manifestação em defesa dos direitos da mulher ou contra o envenenamento do ar; e no centro, enquanto isso, invade o congresso nacional e dispara um discurso denunciando as porcarias do governo.

Texto de Eduardo Galeano, adaptado por mim :D

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Sobre meu pensamento em relação ao amor

Como eu já havia dito que nunca nenhum homem tinha me atingido com esse sentimento. Bem, eu estou aqui pra voltar atrás de algumas coisas que eu não acreditava, mas que aconteceram comigo e que só hoje me dei conta disso.

Eu já amei!

E ainda amo um homem. Embora hoje em dia eu tenha a consciência que esse amor, agora, é impossível e será platônico.

Eu pensava, e pensava muito em como se faz pra sentir amor. Porque eu nunca consegui entender que ele não é um sentimento sozinho, que já se compra programado pra sentir, não. Vou contar então, como eu sei que posso sentir amor e como o descobri na minha vida.

Eu tinha um namorado que demonstrava com todas as forças me amar, ok. Mas não bastava ele apenas me amar, eu queria mais, queria um amor incondicional, eu buscava sentir coisas mais fortes, brigar, mandar embora, fazer sexo com outra pessoa, não ter que dar satisfações (não necessariamente nessa ordem), e que no futuro eu descobriria que o que queria mesmo era só mais uma paixão. Terminei o namoro até então de dois anos e fui atrás de não mais uma, mas várias outras paixões, pelas quais eu me fudi, literalmente no sentido mais profundo da palavra.

Passada essa fase de desventuras sexuais e amorosas, parei pra pensar melhor no meu antigo relacionamento estável. E vi que se não fosse um puto anseio que eu sinto em viver a vida da maneira mais rápida possível, eu estaria amando hoje e sendo amada.

Tive tudo pra ser a mulher mais feliz dessa cidade, pense em ter alguém do seu lado maravilhoso, que te respeita e te faz carinho até você dormir, que te leva pra jantar, compra flores e faz surpresas mesmo não sendo seu aniversário, que gosta e tem os mesmos princípios que você. Além de ser bom de cama... ((6)) Mas eu não entendi que o amor, é construído dia após dia, com as atitudes que provam esse verdadeiro sentimento. Sim eu marquei atitude, porque dizer que ama é fácil. Difícil é sentir e saber que realmente esse sentimento é o amor. Porque o amor, ele não é algo parecido com o desespero e a aflição. O amor é muito mais superior, ele é pacífico e mesmo você sabendo que não pode ficar com a pessoa, deseja toda a felicidade do mundo pra ela. E sabe que se nessa dimensão você não consegue tê-lo mais em seus braços, ainda existem os seus sonhos, que lá pelo menos você não tem limites, pode amar e amar à vontade. E apenas esperar, até quando vai sentir outro amor de novo. Agora se isso é possível, veremos...

Este texto é pra um homem específico, e ele sabe. Quero apenas que me perdoe todas as vezes que o magoei, e que hoje tem o meu reconhecimento, carinho e respeito. Afinal, eu o amo!

sábado, 27 de junho de 2009


Stitch era um personagem de sucesso da Disney, tinha dinheiro, fama, mulheres, baladas e todas essas coisas de celebridade. Certo dia Stitch estava em sua mansão em Malibu, pensando na vida, e resolveu que queria ser mais. Largou a vida de astro loucão e resolveu virar intelectual. Entrou na Universidade de jornalismo, comprou uns óculos legais, deixou crescer uma barriguinha, devorou livros, tirava notas boas, era o melhor da turma, se esforçou para se livrar do estereótipo de celebridade e conseguiu, em pouco tempo ninguém mais lembrava que apenas alguns anos atrás Stitch era um astro.
Faltava apenas um ano para que Stitch conseguisse o seu tão desejado diploma, quando em um dia ensolarado, Stitch assistia a TV e viu seus sonhos desabarem. Agora decidiram que seu diploma não serve mais pra bosta nenhuma. Tantos anos de esforço, de preconceitos superados, jogados no lixo.
Agora Stitch é visto bebendo, fumando, se drogando em becos, ou jogado nas sarjetas, desiludido com a vida que o destino lhe deu. Pois tudo que Stitch queria era um diploma.
Força Stitch, a luta ainda não acabou.
FORÇA

Texto por mim e Adele Pickerel

segunda-feira, 25 de maio de 2009


“A camisinha é o sapatinho de cristal da nossa geração. Você veste um quando conhece um estranho. Você dança a noite toda. Daí você joga fora.”

(
Marla Singer) Um jeito de pensar menos desgastante sentimentalmente falando.